Em muitas culturas a preservação da memória coletiva é valorizada. A memória cultural de um povo é uma composição entre múltiplas manifestações. Entre elas destacam-se as construções urbanas, bem como sua arquitetura.
A preservação destes signos agrega valor ao potencial turístico de uma comunidade. Porto Alegre é uma cidade que ainda não despertou o suficiente para esta questão. Empurrada por eventos da história recente - entre eles as edições do Fórum Social Mundial em solo gaúcho e a perspectiva da realização de uma Copa do Mundo, em 2014 - a cidade procura se adaptar a um perfil mais próximo a uma cidade turística.
As suas tímidas ações estão concentradas no Centro Histórico (em se tratando de preservação do patrimônio histórico arquitetônico). A burocracia - mas acima de tudo - a ausência de uma visão estratégica por parte dos seus governantes e da sociedade como um todo, faz com que a preservação da memória arquitetônica caminhe a passos lentos (muito lentos) frente ao aquecimento do mercado imobiliário e da construção civil na cidade.
Se uma cidade como Porto Alegre sequer consegue colocar em prática a instalação de uma linha turística de bonde no Centro Histórico, como evitar que prédios particulares sejam objetos de demolição em nome do progresso? Lamentavelmente, as construções que substituem estes ícones de uma época pouco contribuem para a valorização da cidade enquanto polo turístico.
2 comentários:
É, infelizmente em nome do "progresso" e da busca pelo lucro, as pessoas destroem os bens imóveis da nossa cidade. Porto Alegre é riquíssima por sua arquitetura de várias épocas!
O pior é que muitas destas demolições partem dos próprios herdeiros!!!
É uma pena!!!
É verdade, Adriana.
Justamente em uma época em que alguns setores da sociedade porto-alegrense tenta encontrar uma vocação turística para a cidade.
Muito obrigado pela tua visita e comentário! Abraços!
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